Duas décadas depois, trabalhando na busca de uma nova fonte de energia, Zero acaba criando um buraco de minhoca que o manda para o pior dia de sua vida. E agora, com a possibilidade de mudar tudo, a humilhação de 20 anos atrás não voltará a acontecer. Mas ao macular seu próprio passado, Zero muda também seu futuro e o que ele vê não é exatamente o que imaginava.
Ao misturar a ficção cientítifica com a comédia romântica, Cláudio Torres age como um trapezista seguro, andando sem tropeçar na linha que separa o cinema comercial do autoral. De uma só vez ele consegue falar do que quer - no caso, a ficção científica e as viagens no tempo que ele não esconde curtir - enquanto o público vê o que também quer - que é uma história divertida, bem contada e com rostos que eles estão acostumados a ver na televisão diariamente.
Mas o filme não passa sem falhas. Contrastando com as divertidas e bem distintas atuações de Wagner Moura - cândido na época da faculdade, desiludido no primeiro presente e seguro de si no futuro -, a sensualidade e dureza de Alinne Morais e o bom companheirismo de Fernando Ceylão, estão os atemporais Gabriel Braga Nunes e Maria Luísa Mendonça. Apesar de seus figurinos e cabelos acompanherem bem a mudança temporal, os dois já não têm mais idade para se passar por universitários e a maquiagem não ajuda.
Wagner Moura e seu Zero devem levar muita gente ao cinema, somando assim mais uns zeros à conta de Cláudio Torres, que poderá continuar fazendo os filmes do seu jeito. O Homem do Futuro é o buraco de minhoca que pode trazer o cinema de gênero ao nosso presente.
Abaixo um clipe do filme com a música: TEMPO PERDIDO (LEGIÃO URBANA).
VEJA UM CLIPE DO FILME:
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